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Profissão Repórter acompanha os últimos preparativos dos atletas para os Jogos Paralímpicos

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Às vésperas do início da 17ª edição dos Jogos Paralímpicos em Paris, que vão reunir mais de quatro mil atletas e têm o Brasil entre as dez melhores delegações, o ‘Profissão Repórter’ acompanha nesta terça-feira, dia 27, os últimos treinos de brasileiros que podem entrar para a história da Paralimpíada.

No município baiano de Paripiranga, que tem quase 30 mil habitantes, o clima frio fez com que os moradores dessem ao lugar o apelido de “Paris”. Além de ilustrar o nome de diversos estabelecimentos comerciais, o símbolo da Torre Eiffel na cidade agora representa o sonho e o próximo destino de Ulisses Freitas, tetracampeão brasileiro em paraciclismo que vai representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de 2024. No programa desta terça, os repórteres Irion Martins e Thiago Jock acompanham a rotina e os preparativos do atleta antes da viagem. Muito religioso, a bênção de um padre e amigo de longa data não podem faltar à sua bike, assim como um almoço de despedida da família.

Em 2008, Ulisses perdeu o movimento das pernas quando foi arremessado de uma moto por um carro que vinha na contramão, conduzido por um motorista alcoolizado. Na moto com Ulisses, estava Arquimedes, seu irmão, que não sobreviveu. Depois de conhecer o basquete e o handebol de cadeira de rodas, Ulisses viu uma handbike pela primeira vez em 2011. O amor à primeira vista o fez adquirir a bicicleta que é movida pelos braços. Em 2013 se tornou um profissional e, no ano seguinte, conquistou o seu primeiro título nacional. “Quando eu desço em alta velocidade com minha bike, eu fico imaginando meu irmão ali do meu lado. E a vida que eu vivo hoje são duas vidas: a minha e a dele. As portas do mundo se abriram pra mim”, conta Ulisses.

O repórter Júlio Molica conta a trajetória vitoriosa de Samuel Oliveira nas piscinas. Aos nove anos de idade, Samuel foi submetido à amputação dos dois braços, na altura do ombro, após levar uma descarga elétrica de 13 mil volts quando tentava pegar uma pipa que tinha caído em uma árvore. Foi a reabilitação que levou o jovem às piscinas. Ele não sabia nadar, mas tomou gosto pelo esporte. Recebeu alta depois de um ano de fisioterapia, mas queria continuar. Aos 16 anos o jovem se tornou campeão mundial da modalidade.

Estrela do futebol de cinco para cegos com duas medalhas paralímpicas, Mizael Conrado é hoje presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro. O repórter Caco Barcellos conheceu Mizael em 2008 quando ele era um jovem que, desde menino, queria ser jogador profissional de futebol. Mizael nasceu com catarata e, aos nove anos, teve um descolamento de retina e começou a perder a visão. O pai sempre foi um grande incentivador do menino e improvisou uma bola que fazia barulho para que o filho pudesse jogar futebol. O filho cresceu, se tornou advogado e campeão paralímpico.

O agora dirigente vai levar a Paris uma delegação de 279 paratletas, que vão disputar 20 das 22 modalidades da competição mundial. Mizael traçou uma meta ambiciosa e quer trazer da França entre 70 e 90 medalhas. Nos corredores do alojamento do Centro Paralímpico Brasileiro, atletas de todo país se apressam com suas malas para o ônibus que vai levar a delegação brasileira de atletismo. O ônibus parte para Guarulhos, de onde sai o avião rumo a Paris. Na contramão dos atletas, a equipe do ‘Profissão Repórter’ encontra Wanna Brito sozinha em seu quarto, emocionada, gravando um vídeo de agradecimento a todos que a apoiaram para que ela pudesse embarcar para sua primeira participação paralímpica.

Wanna tem paralisia cerebral desde que nasceu por causa de uma complicação no parto. Há cinco anos, ela começou a praticar arremesso de peso para ajudar a superar a morte da mãe. Hoje, é recordista mundial e uma das maiores promessas de medalha do Brasil nos Jogos. O repórter Chico Bahia e o técnico de som Carlos Oliveira vão a Macapá conhecer melhor a história da atleta de 28 anos.

A equipe de reportagem testemunha ainda a preparação e a dedicação diária junto com seu treinador Marlon Freitas e um staff voluntário de fisioterapeuta, psicóloga e nutricionista. Wanna também conta com sua irmã Wanne Brito que, desde a morte da mãe, é quem lhe dá suporte. “Depois da morte da nossa mãe, o esporte salvou a Wanna. Hoje, nada para essa menina! É impressionante a força de vontade que ela tem”, diz Wanne.

O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 27, vai ao ar logo após o programa ‘Estrela da Casa’.

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Édipo Pereira

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