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Profissão Repórter acompanha o trabalho com refugiados

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Nos últimos dez anos, ao menos 26 mil pessoas foram encontradas mortas nas águas que separam o norte da África e o sul da Itália. Desde 2015, a organização Médicos Sem Fronteiras salvou mais de 90 mil refugiados que tentavam chegar à Europa pelo Mar Mediterrâneo. Hoje, essa é a rota migratória mais perigosa do mundo. O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 30, embarca no navio da organização que leva ajuda humanitária a pessoas em situação de emergência por todo o mundo.
Os repórteres Caco Barcellos e Nathalia Tavolieri registram de perto como funciona o trabalho da equipe, composta por socorristas e profissionais de saúde de diversos países. “Muitas pessoas não sabem o que acontece no Mar Mediterrâneo. É um assunto que nos toca profundamente e está acontecendo bem diante dos nossos olhos”, afirma a socorrista italiana Giulia Galati.
Para localizar embarcações com imigrantes a bordo, a organização usa radares modernos e também recebe alertas por rádio de aviões e barcos de outras ONGs que realizam um trabalho semelhante em águas internacionais. Na maioria dos casos, os refugiados são avistados apenas pela observação, com a ajuda de binóculos. A equipe do ‘Profissão Repórter’ acompanha duas operações.
Na primeira, cerca de 15 sírios são resgatados e levados em segurança para o navio. A Síria é hoje o país com mais refugiados em todo o mundo. Em outro momento da navegação, um bote inflável com cerca de 100 pessoas a bordo é detectado pela tripulação. Logo no início da complexa operação de resgate, uma embarcação da guarda costeira da Líbia aparece, com o intuito de coibir a ajuda humanitária e prender os imigrantes. A ação é acompanhada de perto pela equipe de reportagem, que estava a bordo do bote rápido usado pelos socorristas durante a ação.
Após cada resgate, os refugiados recebem alimentação, roupas e produtos de higiene. O retorno do navio até a costa italiana costuma levar dias. Esse tempo é aproveitado para que aprendam seus direitos e como agir ao pisarem no continente europeu. Ao acompanhar a embarcação, a equipe do ‘Profissão Repórter’ conhece um pouco a história dos resgatados.
Como a nigeriana Iemse, mãe da pequena Ana, a criança mais nova do navio, de apenas quatro meses de idade. Ela usou todo o dinheiro que tinha para tentar escapar da Líbia com a filha. “Vivíamos em sofrimento. Muita fome e violência. Agora vou tentar ir para a Alemanha e recomeçar a vida da minha família em segurança. Estou muito feliz”, conta Iemse. Na última década, o número de refugiados pelo mundo dobrou. Segundo a Acnur, Agência da ONU para Refugiados, o número de pessoas forçadas a deixar seus países superou 120 milhões. Quase metade (40%) é criança ou adolescente.
Depois de dez dias em alto mar, o navio desembarca no porto da cidade italiana de Salerno, onde os refugiados foram recebidos e encaminhados a abrigos espalhados pela Itália.
O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 30, vai ao ar logo após o ‘Central Olímpica’.
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Édipo Pereira

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