Lucia Murat recebe homenagem do Canal Brasil
Na próxima terça-feira, dia 6, o Canal Brasil exibe em sequência dois filmes da cineasta, diretora e produtora carioca Lucia Murat. O documentário “Que Bom Te Ver Viva” e o longa-metragem de drama “Ana. Sem Título” poderão ser conferidos às 20h30 e às 22h10, respectivamente. As histórias retratam o contexto da ditadura militar no Brasil entre 1964 e 1985, período em que a cineasta atuou como integrante da luta armada contra o regime.
O longa que abre a programação especial é o documentário “Que Bom Te Ver Viva”, que traz o depoimento de oito ex-presas políticas torturadas durante o regime militar no país. Irene Ravache é a narradora da história e também personagem principal. O filme foi premiado pelo Festival de Brasília de 1989 em cinco categorias, entre elas a de Melhor Filme pelo júri popular e pelo júri da crítica, e também foi eleito como um dos 100 melhores documentários brasileiros de todos os tempos pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema.
Também integra a sessão dupla o longa-metragem “Ana. Sem Título”. No filme, Stela (Stella Rabello) é uma atriz brasileira que produz um documentário sobre cartas trocadas por artistas plásticas nos anos de 1970 e 1980, durante as ditaduras militares na América Latina. A personagem descobre a existência de Ana, que desapareceu no período e passa a investigar o que aconteceu.
A cineasta afirma se sentir honrada com a programação especial do canal: “O Canal Brasil é o canal do cinema brasileiro, então fico muito orgulhosa e agradeço pela homenagem”, diz Lucia Murat.
No dia 15 de agosto, o seu mais novo filme, “O Mensageiro”, uma coprodução do Canal Brasil, estreia nos cinemas. “Saber que a gente pode contar com o Canal Brasil é sempre ótimo! Nós temos tido uma experiência com ‘O Mensageiro’ de levar alunos do ensino médio de escolas públicas e estudantes de universidades públicas de diversas cidades para o cinema com debate após cada sessão. Muitos alunos nunca tinham ido ao cinema e foi importante eles terem a experiência da sala escura e do coletivo! A repercussão tem sido excelente. Espero que isso se reproduza no cinema!”, conta a diretora.
O longa-metragem de ficção retrata a história da professora universitária Vera (Valentina Herszage), presa durante a ditadura militar no Brasil. Ela conhece Armando (Shico Menegat), um guarda prisional que aceita levar um recado à família de Vera e estabelece uma relação afetiva com D. Maria (Georgette Fadel), mãe da professora.