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Em Roraima, Profissão Repórter mostra a atual condição de vida dos Yanomami

Logo do programa Profissão Repórter
O território Yanomami, em Roraima, é a maior área indígena do Brasil. Equivalente ao tamanho de Portugal, a região abriga mais de 30 mil indígenas que, há várias décadas, sofrem com a invasão garimpeira. O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 02, mostra as ações realizadas para tratamento dos indígenas que sofrem com as doenças trazidas pelos invasores.
Em 1992, o então presidente Fernando Collor demarcou a área para tentar conter a invasão. Mais de 30 anos depois, a situação continua sendo a maior ameaça para os indígenas que vivem na região. No início de 2023, o governo federal declarou estado de emergência em saúde pública nas terras Yanomami para tentar tratar os casos de desnutrição e malária e, mais uma vez, frear a entrada do garimpo no território. No ano passado, foram registradas 363 mortes.
Em uma nova tentativa de estabilizar a situação, o governo federal inaugurou uma “Casa de Governo” na capital Boa Vista para centralizar todas as operações no território. Os repórteres André Neves Sampaio e Nathalia Tavolieri pegaram carona na visita do Ministério da Saúde no polo base de Surucucu e acompanharam a rotina dos profissionais no território Yanomami. “Nós, os brancos, que trouxemos a doença e a fome para região. Agora é nosso dever tratá-los”, conta a médica Ana Paula, que há mais de oito anos trabalha com saúde indígena.
Ainda na capital de Roraima, o repórter Pedro Marum e o repórter cinematográfico Bruno Trentin foram entender a situação dos indígenas que estão fora do território. A reportagem começa no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, uma das maiores maternidades do Brasil, que só em 2023 realizou mais de nove mil partos. Todos os atendimentos acontecem em uma estrutura provisória de lona que, na época da pandemia de COVID-19, era um hospital de campanha. Mães grávidas e recém-nascidos Yanomami são encaminhados para lá quando necessário.
É o caso da Camila, mãe Yanomami de um bebê de poucos meses, diagnosticado com pneumonia. Ele foi internado em estado grave e se recupera com antibióticos. Enquanto espera a alta médica do filho, Camila afirma que se sente só. “Saudade, saudade da minha outra filha… alguém para chorar”, diz. A diretora da maternidade, Laís Blanco, acredita que casos como o do filho de Camila poderiam se agravar menos com um tratamento mais efetivo dentro do próprio território. “Se lá na comunidade tiver um médico que avalia melhor e que faz um tratamento melhor, evita a vinda ao hospital”, afirma. 
A Casa de Apoio à Saúde Indígena Yanomami é onde os indígenas ficam alojados enquanto estão em tratamento na cidade e também o lugar em que os acompanhantes de pacientes permanecem abrigados até a alta de seus parentes. A equipe do ‘Profissão Repórter’ demorou uma semana para receber autorização do Ministério da Saúde para entrar na CASAI-Y. No dia da reportagem, 600 Yanomami estavam lá – 234 pacientes, 281 acompanhantes e 70 indígenas que já estavam de alta médica. O espaço conta com vagas para 450 pessoas.
O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 02, vai ao ar logo após o BBB24.
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Édipo Pereira

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