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Docussérie sobre Eurico Miranda estreia na Globoplay

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A ligação do carioca Eurico Ângelo Miranda com a sua maior paixão, o Clube de Regatas Vasco da Gama, vem de berço. Filho de portugueses e criado na zona sul do Rio de Janeiro, começou a trabalhar no clube no fim dos anos 60 e estabeleceu uma dinastia que atravessou décadas. Colecionou histórias folclóricas, divertidas, mas também passagens controversas no futebol brasileiro. Inflamou rivalidades, montou grandes times, foi deputado, tornou-se alvo de uma CPI e sempre tratou o Vasco como protagonista do esporte nacional. Para muitos, o símbolo maior da época mais vitoriosa do clube. Para outros, exemplo de atraso e responsável pela decadência do clube no século 21. Mas quem era o homem por trás do temido dirigente? Dirigida pelo jornalista Rafael Pirrho, a série documental ‘A Mão do Eurico’, que chegou dia 13, no Globoplay, revela em cinco episódios um pouco mais deste personagem que poucos conheceram longe dos holofotes. Diariamente e em sequência, um novo episódio será disponibilizado para o público.

“Difícil encontrar alguém que não tenha uma opinião extrema sobre o Eurico. Tentamos ir além dessa dualidade e nos aprofundar na complexidade do personagem. Não o defender e nem o atacar, mas passear por décadas no futebol, com vitórias, derrotas e controvérsias, sem deixar de falar de nada, para que as pessoas possam ter um olhar bastante amplo de uma trajetória que marcou o futebol brasileiro”, diz o diretor da série Rafael Pirrho.

O primeiro episódio fala da ligação de Eurico Miranda com a família, mostra o início de sua trajetória como dirigente do Vasco e traz os bastidores do retorno do ídolo Roberto Dinamite, que negociava com o Flamengo, ao clube, o que aumentou a popularidade de Eurico. Convidado a ocupar a vice-presidência do Vasco, o time e o futebol brasileiro, a partir daquele momento, nunca mais seriam os mesmos. No episódio seguinte, a primeira fase de sucesso como vice-presidente e títulos conquistados com a ajuda de Romário, então um craque em ascensão, que o levam ao cargo de diretor de futebol da CBF. No mesmo ano, Eurico protagoniza uma das transferências mais midiáticas da história ao tirar Bebeto do Flamengo. De volta ao clube, se elege deputado federal e, depois de um período sem conquistas, passa a ser questionado como dirigente. Era hora de mais uma cartada decisiva: repatriar Edmundo e começar o ciclo mais glorioso da história do clube. O título do Brasileirão e da Libertadores, em sequência, relembrados no terceiro episódio, fazem Eurico viver seu auge, iniciando um caríssimo projeto olímpico e reforçando o time de futebol, novamente com Edmundo e depois com Romário, em busca do sonho do título mundial que não vem. Os dois jogadores entram em rota de colisão e Eurico acaba escolhendo seguir com Romário, com quem vive grandes momentos, como a conquista da Copa Mercosul, em 2000, ano que ficou marcado pelo início da briga com a Globo e o polêmico episódio em que o clube estampou suas camisas com a logo do SBT na final da Copa João Havelange.

Os dois episódios que encerram a série mostram um Eurico com uma imagem bastante deteriorada, principalmente após a queda do alambrado de São Januário em dezembro de 2000. Eurico chama de frouxo o então governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que havia solicitado o cancelamento da partida. Na mesma época, Eurico vira um dos alvos de duas CPIs no Congresso Nacional por supostos crimes tributários e desvios de dinheiro do Vasco. O clube cruzmaltino passa por graves problemas financeiros após os gastos de 2000 e se vê numa queda vertiginosa, tanto esportiva quanto financeira, até que Roberto Dinamite, em 2008, consegue destronar o dirigente depois de mais de 20 anos de poder e se torna presidente do Vasco. O clube não consegue se reerguer e, diante da má administração de Roberto, Eurico volta à presidência. Ele tenta manter o personagem polêmico, mas os resultados em campo demonstram que ele já não é mais o mesmo. Sua saúde piora após a saída da presidência. Os tratamentos não funcionam e a figura do homem forte se definha aos poucos. Eurico morre em 2019, deixando um legado de vitórias, derrotas, polêmicas e a dúvida se sua ligação com o Vasco fez bem ou mal ao clube.

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Édipo Pereira

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