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A dificuldade para dormir é o tema do Profissão Repórter desta terça

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De acordo com estudos da Associação Brasileira do Sono (ABS), mais de 70% dos brasileiros têm problemas para dormir. Em São Paulo, no maior Instituto do mundo para diagnóstico destes distúrbios, todas as noites, cerca de 100 pacientes fazem a polissonografia, um exame capaz de detectar o que acontece com o corpo durante o sono. Pelo Sistema Único de Saúde, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada para quem precisa desse tipo de tratamento. O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira acompanha as histórias de pessoas que vivem com essa dificuldade.
Dormir menos de quatro horas por noite, há décadas, é uma realidade da rotina do advogado Éder Queiroz. A repórter Nathalia Tavolieri e o repórter cinematográfico Bruno Trentin acompanham a noite em que Éder faz a polissonografia pela segunda vez.  O advogado paulistano foi diagnosticado com apneia do sono – o distúrbio mais frequente detectado pelo Instituto do Sono, em que o paciente apresenta pausas respiratórias enquanto dorme. Agora, ele passará a usar em casa o CPAP, aparelho que vai ajudá-lo a respirar melhor. “Estou pagando a conta de tantos anos mal dormidos”, afirma Éder.
Na zona sul de São Paulo, a maioria dos pacientes do setor de psiquiatria atendidos na UBS Jardim Lídia apresenta queixas de insônia. Como é o caso da técnica de enfermagem Francielle Noronha, de 29 anos, em tratamento para depressão e ansiedade. No último ano, ela passou a sofrer com a falta de sono e acabou sendo afastada do trabalho por não conseguir dormir. Ela tem incorporado à rotina novos hábitos, como ingerir alimentos mais leves, ficar longe das telas e desacelerar no final do dia. A psiquiatra Laís Vazami, que acompanha Francielle, conta que mais de 80% dos casos de insônia não têm indicação para tratamento com remédio. “A higiene do sono é a chave para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, diz.
Mesmo assim, nos últimos anos, principalmente depois da pandemia, o Brasil tem vivido uma alta repentina na venda de remédios para dormir, como o ‘Zolpidem’, cuja automedicação pode causar dependência. Duas pacientes do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (PROAD) da Universidade Federal de São Paulo compartilham com a equipe do ‘Profissão Repórter’ como é a batalha para abandonar o vício no medicamento. Gisele Mota está há mais de um ano afastada da escolinha onde trabalhava como professora. Ela diz que sua vida foi interrompida pela dependência. “Me sinto inútil e muito frustrada. Tudo o que eu queria era retomar a minha rotina sem o Zolpidem. Mas não consigo dormir sem ele”.  Com o consumo desenfreado de remédio e fácil acesso, a Anvisa teve que aumentar o controle da venda do medicamento. A partir de agosto deste ano, será preciso apresentar a receita azul.
Na capital popularmente conhecida como a cidade que não dorme, durante as madrugadas, o repórter cinematográfico Alex Gomes e a repórter Sara Pavani foram para as ruas conhecer quem são os trabalhadores que enfrentam jornadas exaustivas de trabalho e dormem pouco. O repórter Thiago Jock e o auxiliar técnico João Batista acompanham o ex-metalúrgico Marcelo Brito, de 55 anos, que ficou conhecido no bairro de Sapopemba, na zona leste de São Paulo, por vender capinhas de celular, mas também pela insônia. Ele ganhou fama por nunca ter conseguido dormir mais de quatro horas por noite. Marcelo diz que esse problema é antigo e conta que pode ter sido agravado pela dependência química. Há doze anos, Marcelo não usa nenhuma droga e tem medo de tomar remédios controlados para dormir e repetir a experiência de dependência.
O ‘Profissão Repórter’ desta terça-feira, dia 18, vai ao ar logo após ‘Sob Pressão’.
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Édipo Pereira

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